A importância de brincar
Brincar é tão importante para a criança como trabalhar é para o adulto.
É o que a torna ativa, criativa, e lhe dá oportunidade de relacionar-se com os outros; também a faz feliz e, por isso, mais propensa a ser bondosa, a amar o próximo, a ser solidária.
A criança não é um adulto que ainda não cresceu.
Ela tem características próprias. Para alcançar o pensamento adulto (abstrato), ela precisa percorrer todas as etapas de seu desenvolvimento físico, cognitivo, social e emocional.
Seu primeiro apoio nesse desenvolvimento é a família. Posteriormente, esse grupo se amplia com os colegas de brincadeiras e a escola.
Brincando, a criança desenvolve potencialidades; ela compara, analisa, nomeia, mede, associa, calcula, classifica, compõe, conceitua, cria, deduz etc.
Sua sociabilidade se desenvolve; ela faz amigos, aprende a compartilhar e a respeitar o direito dos outros e as normas estabelecidas pelo grupo, e a envolver-se nas atividades apenas pelo prazer de participar, sem visar recompensas nem temer castigos.
Brincando, a criança estará buscando sentido para sua vida.
Sua saúde física, emocional e intelectual depende, em grande parte, dessa atividade lúdica.
Etapas
O brincar também tem suas etapas de desenvolvimento. A criança começa a brincar sozinha, manipulando objetos.
Posteriormente, procurará companheiros para as brincadeiras paralelas (cada um com seu brinquedo).
A partir daí, desenvolverá o conceito de grupo e descobrirá os prazeres e frustrações de brincar com os outros, crescendo emocionalmente.
Brincar em grupo evita que a criança se desestimule, mesmo quando ainda não sabe brincar junto.
Ela aprende a esperar sua vez e a interagir de forma mais organizada, respeitando regras e cumprindo normas.
Com os grupos ela aprende que, se não encontrarmos uma forma eficiente de cooperar uns com os outros, seremos todos prejudicados.
A vitória depende de todos. Aprende-se a ganhar e a perder. A atividade lúdica produz entusiasmo.
A criança fica alegre, vence obstáculos, desafia seus limites, despende energia, desenvolve a coordenação motora e o raciocínio lógico, adquirindo mais confiança em si e aprimorando seus conhecimentos.
Veja algumas indicações que podem ajudar a escolher os brinquedos:
Interesse
É o brinquedo que convida a brincar, que desafia seu pensamento.
Adequação: Deve atender a etapa de desenvolvimento em que a criança se encontra e suas necessidades emocionais, sócio-culturais, físicas e intelectuais.
Apelo à imaginação: Deve estimular a criatividade e não limitá-la.
Versatilidade: O brinquedo pode ser usado de diferentes formas, explorando a inventividade.
Composição: As crianças gostam de saber como o brinquedo é por dentro.
Cores e formas: O colorido, texturas e formas diferentes a estimulam sensorialmente.
Tamanho: Deve ser compatível com sua motricidade (quanto menor a criança, maiores serão as peças do brinquedo).
Durabilidade: Brinquedos muito frágeis causam frustração não somente por que se quebram, mas também porque não dão à criança tempo suficiente para estabelecer uma relação com eles.
Segurança: Este é um dos mais importantes itens na escolha de um brinquedo. Deve ser feito de tinta atóxica, sem pontas e arestas nem peças que possam se soltar.
Quanto à brincadeira
Dê tempo para que a criança possa explorar o material, deixando que ela tente sozinha, mas estando disponível se precisar de ajuda.
Estimule sua auto-estima; faça com que ela se sinta capaz de aprender, dando-lhe o tempo que precisar.
Encoraje suas manifestações espontâneas, permita que ela tome a iniciativa.
Introduza propostas novas, estimulando a resolução de problemas.
Escolha brinquedos adequados ao nível de desenvolvimento e interesse da criança.
Aumente a dificuldade se notar que o jogo está fácil demais e reduza-a se estiver além de seu entendimento.
E lembre-se: quando apresentar um brinquedo a seu filho, demonstre interesse.
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